ATA DA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 03-12-2002

 


Aos três dias do mês de dezembro do ano dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove horas e cinco minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Troféu Honra ao Mérito ao Padre Cláudio Mossi Damé, nos termos do Projeto de Resolução n° 080/02 (Processo n° 2227/02), de autoria do Vereador Nereu D’Avila. Compuseram a MESA: o Vereador Nereu D’Avila, presidindo os trabalhos; o Senhor Daniel Fogazzi Bassuelo, Presidente do Conselho de Pastorais Paroquial; o Padre Cláudio Mossi Damé, Homenageado; o Vereador Beto Moesch, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, após, convidou o Vereador Beto Moesch a assumir a direção dos trabalhos. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Nereu D’Avila, em nome das Bancadas do PDT, PFL e PC do B, discorreu sobre aspectos alusivos à vida pessoal e à trajetória sacerdotal do Padre Cláudio Mossi Damé, comentando as atividades desenvolvidas pelo Homenageado junto à comunidade porto-alegrense, especialmente na Paróquia Nossa Senhora da Medianeira e justificando os motivos que levaram Sua Excelência a propor a concessão do Troféu Honra ao Mérito a Sua Reverência. O Vereador Adeli Sell, em nome da Bancada do PT, salientou a dedicação sempre demonstrada pelo Padre Cláudio Mossi Damé em seu trabalho de orientação espiritual, através do exercício do sacerdócio, e na realização de atividades assistenciais no Bairro Medianeira e adjacências, afirmando que Sua Reverência é um exemplo a ser seguido e destacando a justeza da concessão do Troféu Honra ao Mérito ao Homenageado. O Vereador Beto Moesch, em nome da Bancada do PPB, cumprimentou o Vereador Nereu D’Avila pela iniciativa de propor a concessão do Troféu Honra ao Mérito ao Padre Cláudio Mossi Damé, externando o seu reconhecimento à relevância do trabalho desenvolvido por Sua Reverência junto à  Paróquia Nossa Senhora da Medianeira, notadamente no que se refere à evangelização da sociedade e ao auxílio aos necessitados. Em continuidade, o Senhor Presidente procedeu à entrega do Troféu Honra ao Mérito ao Padre Cláudio Mossi Damé, concedendo a palavra ao Homenageado, que agradeceu o Troféu recebido. Após, foi realizada apresentação artística pelo Coral Integração, regido pelo maestro Bernardo Jean Marie Varriale. A seguir, o Senhor Presidente  convidou  os  presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense, registrou a presença dos Senhores Arcanjo de Jesus Damé e Luiza Mossi Damé, pais do Homenageado, informou que Sua Reverência receberia os convidados no Galpão Crioulo do Parque da Harmonia e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às vinte horas e dezoito minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Nereu D’Avila e Beto  Moesch e secretariados pelo Vereador Beto Moesch, como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Beto Moesch, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear o Padre Cláudio Mossi Damé. Compõem a Mesa o Sr. Padre Cláudio Mossi Damé, homenageado nesta Sessão; o Sr. Daniel Fogazzi Bassuelo, Presidente do Conselho de Pastorais Paroquial.

 

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Ouve-se o Hino Nacional.)

 

(O Ver. Beto Moesch assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Beto Moesch): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra e falará em nome do PDT, PFL e PC do B.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Nós tivemos o privilégio de sermos o instrumento pelo qual a Câmara Municipal de Porto Alegre presta esta homenagem, hoje, ao Padre Cláudio Mossi Damé, outorgando-lhe o Troféu Honra ao Mérito, que é o prêmio mais significativo que a Câmara Municipal oferece a personalidades desta Cidade.

Dois motivos ensejaram essa simbologia através do Padre Damé, mas ele faz parte da Igreja Católica, faz parte de uma Paróquia das mais importantes da Cidade, e na data de amanhã, 4 de dezembro, a Igreja Medianeira completa 60 anos de sua instalação. E também em 6 de junho deste ano, o Padre Cláudio completou 10 anos de celebração do seu sacerdócio. Portanto, são duas importantíssimas datas.

Quero me referir aqui, rapidamente, à história da Paróquia Nossa Senhora Medianeira.

A Paróquia Nossa Senhora Medianeira nasceu de um desmembramento das Paróquias Glória, Lourdes, Menino Deus e Teresópolis. Exatamente em 21 de novembro de 1942, Dom João Becker, então Arcebispo Metropolitano, nomeou uma comissão supervisionada pelo então Pe. Cláudio Colling. Eu tive o privilégio de conhecê-lo, quando ele foi Bispo de Passo Fundo, lá na minha região. Ele era na época pároco da Glória, e foi presidente dessa comissão para as providências em relação ao terreno, igreja e casa canônica.

Em 4 de dezembro daquele ano, é exarado o decreto de criação da nova Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.

Um mês mais tarde, é nomeado o primeiro pároco, Pe. João Inácio Froener. A ele, sucederam-se: Pe. Augusto Petró, Pe. João Germano Rambo, Pe. Antônio Guilherme Grings, Pe. José Teófilo Brugnera, Pe. José Lermen, Pe. João Simão Caspary, Pe. Bráulio Aluísio Weber, Pe. Benno Deimling, Pe. Mário Sebastião Petry, Pe. Frei Celso Brancher e Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann.

O atual pároco, Pe. Cláudio Mossi Damé, assumiu a paróquia em 30 de janeiro de 1994. Contudo, já havia auxiliado na paróquia em 1922, quando ainda Diácono. Ordenado Sacerdote em 6 de junho daquele ano, retornou nessa condição dois anos após.

O entorno da comunidade reúne, hoje, aproximadamente quinze mil paroquianos, muitos deles com um trabalho muito intenso nas diversas pastorais. Recentemente foi nela instalada a Diaconia São José -  cujo Diácono Roque Passes, nos honra com a sua presença -, que compõe-se de dez igrejas, em solenidade magnífica na Igreja Menino Deus, onde estava presente inclusive o nosso Ver. Beto Moesch, o Ver. João Carlos Nedel e o Ver. Ervino Besson. Foi uma solenidade, magnífica, deste trabalho espetacular, trabalho social da Igreja e que, agora, nessa Diaconia São José, foi oficialmente instalado há poucos dias, a Diaconia São José, que será responsável por um intenso trabalho de cunho social na área de Pastoral Centro Sul.

Algumas pastorais são responsáveis por um vínculo muito forte das famílias com a Paróquia, principalmente, aquelas responsáveis pelos sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma, que atendem centenas de jovens todos os anos.

Movimentos de Arquidiocese também têm na paróquia um nicho de efusão muito grande, onde destacam-se o Onda, o EJC, o MCJ e os grupos de oração ligado à Renovação Carismática Católica, que crescem muito rapidamente.

Também a Paróquia Nossa Senhora Medianeira é reconhecida por fazer realizar, há muitos anos, a Festa da Padroeira e, há exatos quinze anos, a Romaria de Nossa Senhora Medianeira, que conta a cada ano com mais romeiros vindos de outras comunidades.

Nós tivemos o privilégio, durante muito tempo, dez anos exatamente, de morarmos na Gastão Mazeron e, todos os anos, participarmos ou, então, pelo menos, das nossas janelas, abanarmos do edifício para esta tradicional e já rotineira Festa da Padroeira, daquela comemoração que já completa quinze anos, portanto, está inserida já na rotina do Bairro e da cidade de Porto Alegre.

O início da devoção à Nossa Senhora da Medianeira de Todas as Graças aconteceu na Bélgica, promovida e incentivada pelo Cardeal Desidério José Mercier, Arcebispo e Primaz daquele País.

Lá surge a imagem da Medianeira, apresentando a Nossa Senhora entre a Santíssima Trindade e o globo terrestre, para simbolizar o seu papel de mediadora entre Deus e os homens. Cunhada por São Bernardo a legenda: ”A vontade de Deus é que recebamos tudo por Maria”, sempre acompanha a sua imagem.

No Rio Grande do Sul, a devoção à Medianeira surge e cresce à sombra do Seminário São José, de Santa Maria, em 1926. Seu principal difusor, Padre Inácio Rafael Valle, a quem também rendo aqui as minhas homenagens ao Padre Valle, quando tive o privilégio de ser professor no Colégio Santo Inácio, depois, na Universidade do Trabalho, este incansável Padre Inácio Valle, que incentivou a Universidade do Trabalho, que foi um batalhador das grandes causas e que, neste momento, nós aproveitamos para homenagear também a sua saudosa memória.

Seu principal difusor, Padre Inácio Rafael Valle, projeta devoção a partir de um hino criado por um grande poeta e arcebispo de Cuiabá, Dom Francisco de Aquino Correa, que cria a poesia “Mãe de Deus, Virgem Mãe Pura e Bela”, e ao Padre Jorge Zanchi coube a composição musical.

Mais tarde, uma pintora, ordenada Irmã Franciscana, Ida, foi a responsável pela pintura do quadro publicamente conhecido a partir de 1930 e até hoje mantido como referencial da devoção à Medianeira.

Então, a Câmara Municipal de Porto Alegre, que representa o conjunto da sociedade porto-alegrense, os seus diversos estamentos sociais, aqui estão representados por 33 Vereadores, através de 10 Bancadas, onde se diferenciam as questões políticas, ideológicas. Mas, numa situação nós somos unânimes: nós representamos o povo de Porto Alegre nas suas mais variadas conotações - todas as classes sociais, todos os estamentos religiosos, enfim, todas as categorias estão aqui representadas nesta Casa.

E, neste ano muito importante para Nossa Senhora da Medianeira, nós queremos saudar esses paroquianos com os quais tivemos o privilégio de conviver e continuamos convivendo, apesar de, eventualmente, termos deixado o bairro, mas não ficamos muito longe. E continuamos presentes em todos os eventos e sentimos o palpitar dessa comunidade, a sua devoção à Nossa Senhora da Medianeira, o trabalho profícuo que o Padre Cláudio tem feito ao longo desses anos. Inclusive, este ano, como eu disse e repito, 10 anos da sua ordenação sacerdotal, em 6 de junho - uma data muito importante para o Padre Cláudio, para a Igreja Católica. E esses 60 anos que amanhã exatamente se completarão, ou seja, em 4 de dezembro de 1942, como se disse ali, Dom João Becker, um grande, uma magnífico arcebispo - como Dom Vicente Scherer e agora Dom Dadeus Grings -, instituía uma comissão em novembro de 1942; e em 4 de dezembro foram iniciadas oficialmente as atividades da Paróquia Nossa Senhora da Medianeira. De modo que são seis décadas que constroem essa devoção à Nossa Senhora da Medianeira, mas, evidentemente, é uma participação da comunidade, da sua integralidade, através da liderança do Padre Cláudio.

Então, não se poderia deixar o Parlamento da Cidade, onde palpita o coração da Cidade, pelos seus representantes, que pelo seu voto estão aqui representando a Cidade, este Poder, não poderia hoje deixar de retribuir, através de uma proposta individualmente de nossa autoria, mas que foi distribuída pela unanimidade dos Vereadores. Honra esta Casa essa simbologia, através do prêmio honra ao mérito, eu não gosto de falar na primeira pessoa, mas para que todos saibam: em 1999, quando fui Presidente desta Casa, com muita honra e muita satisfação, nós instituímos esse prêmio; e, inicialmente, inclusive, ele era só para os Presidentes da Casa, mas depois ele foi democratizado e passou a ser concedido apenas uma vez por ano, para valorizar o prêmio. Foi concedido para personalidades como a Ministra do Supremo Tribunal, a primeira mulher, Ellen Northfleet, ao Eng.º Leonel Brizola e a outras personalidades desse teor que, hoje, V. S.ª, Padre Cláudio, recebe.

Portanto, nós estamos muito felizes, a Casa, no seu conjunto, em convivência com os senhores e as senhoras, rostos tão conhecidos nossos, porque convivemos lá na Igreja.

Receba, então, Padre Cláudio, este prêmio como homenagem a sua atividade pastoral, que é muito importante nesses 10 anos, principalmente na comunidade que o respeita e que vê no seu trabalho um trabalho contínuo, um trabalho profundo, um trabalho inclusive social da Igreja, agora estendido como diácono. Em outra oportunidade, aqui na Casa, no início da Sessão, nós também pudemos fazer um contato com o trabalho social que faz a Pastoral da Igreja, em Porto Alegre. Agora, nós ficamos contentes, e fomos, como a maioria dos senhores, na Igreja Menino Deus, testemunhas desse outro trabalho social liderado pela Diaconia São José, que o nosso Diácono Roque também representa.

Então, a Igreja Medianeira, em 60 anos, prestou tanto trabalho que pessoas que aqui estão, devem estar pensando: “Puxa, desses anos, tantos anos, eu estou lá.” Muitos dos senhores e das senhoras estão pensando, há quantos anos acompanham a Igreja, acompanham o Padre Cláudio, acompanham outros padres que passaram por lá, mas, nesses 60 anos, Nossa Senhora da Medianeira de Todas as Graças esteve sempre nos ajudando e sendo a nossa estrela-guia para o conforto dos nossos corações. Portanto, fico muito satisfeito, não somente eu, tenho certeza que também o Ver. Adeli Sell, da Bancada do PT, que também usará da palavra. Representamos a unanimidade dos 33 Vereadores nesta homenagem, que é pessoal ao Padre Cláudio pelos seus 10 anos de ordenação e pelo seu trabalho na liderança da Igreja Medianeira, mas também transcende à própria pessoa do Padre Cláudio, porque ele é um representante da Igreja, um representante que lidera a paróquia, mas transcende a ele, e ele participa desse pensamento, porque os 60 anos da instalação da Igreja, do trabalho da Igreja, da evangelização da Igreja foi testemunhada antes do meu conhecimento lá, pois há 12 anos que lá convivo. E há pessoas aqui que, seguramente, desses 60 anos, há 20, 25 ou 30 anos, quem sabe, acompanharam esse trabalho magnífico da Paróquia Nossa Senhora da Medianeira de Todas as Graças.

Portanto, para concluir, quero dizer que a mística, a devoção que todos nós temos incrustada em nossos corações representa a transcendência humana e a transcendência da divindade, porque não podemos viver sem uma fé, com uma esperança aliada à caridade, que o trabalho social da Igreja realiza com tanta competência. Essa transcendência faz com que, nestas ocasiões, nestes momentos, nós fiquemos em estado de graça, quase que fazendo uma prece para que continuemos amparados por Nossa Senhora da Medianeira de Todas as Graças, continuemos com a liderança da estatura de um trabalho como o do Padre Cláudio Damé, principalmente nós todos, os paroquianos, os que trabalham com tanto ardor. Eu e a Soninha, inclusive, já participamos até de trabalhos internos da Igreja, tivemos esse privilégio lá, nós conhecemos interna corporis esse maravilhoso trabalho e que todos os paroquianos que aqui estão sabem melhor do que eu e que se traduz no dia-a-dia da nossa presença na Igreja Nossa Senhora da Medianeira.

De modo que Porto Alegre, nesses 60 anos, viu crescer, viu se projetar aquele bairro através da sua Igreja. Que Nossa Senhora da Medianeira e que Deus, Jesus, nos ampare, nos consolem; permitam que continuemos cada um com os nossos trabalhos, com as nossas famílias, com as renovações das nossas esperanças de que melhores dias hão de surgir para todos nós.

E como dizia Jesus: ”Nós só chegaremos ao Pai por Ele - Jesus”. E que Ele, neste momento, nos dê força, nos dê amparo e nos dê amor para que continuemos a perseguir os nossos ideais.

Padre Cláudio, receba desta Casa, neste momento, as honrarias pelo seu trabalho, pela sua perseverança, e, principalmente, pela sua devoção em dedicar sua vida ao trabalho da Igreja, através da sua representatividade.

Que a paz e o amor estejam com todos nós para hoje e sempre! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

(O Ver. Nereu D’Avila reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): O Ver. Adeli Sell está com a palavra e falará em nome do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu tenho o prazer, Padre, de falar em nome da minha Bancada, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, para trazer um abraço caloroso de todas as nossas Vereadoras e de todos os nossos Vereadores, e gostaria de dizer ao Ver. Nereu D’Avila que é muito justa esta homenagem porque nós sabemos dessa magnífica combinação da Paróquia de Nossa Senhora da Medianeira, 60 anos, e os seus 10 anos de trabalho como Padre e, agora, essa sua posição na vanguarda, na frente, na Medianeira, prestando esse serviço não apenas espiritual e também de mobilização no próprio Bairro Medianeira, mas, principalmente, nas comunidades adjacentes, vizinhas, porque nós sabemos o quanto a comunidade da Medianeira tem ajudado a Tronco, a Cruzeiro, enfim, as pessoas pobres, as pessoas que, de fato, necessitam do trabalho comunitário. Eu sei, porque participo muito de atividades ali e sei do papel importante que tem a comunidade Medianeira, naquela região da nossa Cidade.

Eu também diria o seguinte, aproveitando todas as pessoas que aqui estão para lhe homenagear, pois essa homenagem vai além do voto dos 33 Vereadores, porque aqui estão, mulheres, crianças, homens de boa-fé que vêm aqui, porque acreditam, porque têm fé, confiança no seu trabalho, na sua dedicação, e não pelo que fez, pelo que está fazendo, mas talvez muito mais pela sua juventude, pelo que ainda poderá fazer pela cidade de Porto Alegre, pela comunidade da Medianeira e, sem dúvida nenhuma, neste mundo tão conturbado que estamos vivendo hoje, neste mundo de tantas dificuldades, de exclusões sociais, nós possamos cada vez mais caminhar juntos e não só ver na véspera do Natal e do Ano-Novo as campanhas do “Natal Sem Fome”, mas que a gente possa ver este Brasil sem fome, um Brasil mais solidário, e um Brasil de integração entre irmãs e irmãos, onde possamos superar os traumas da violência que vive a nossa sociedade na atualidade.

Nós sabemos, inclusive, que a violência vem muitas vezes de pessoas que deveriam ter um papel exatamente ao contrário, um papel de harmonia com a sociedade, de benefício à sociedade, mas estamos vendo exatamente o caminho oposto.

Então, espero que, com esse espírito que norteia Nossa Senhora de Medianeira, e esta Paróquia em especial, e ao Padre Cláudio Mossi Damé, com essa homenagem eu sei que nós podemos cobrar muito mais de trabalho, apesar de eu saber que o senhor é um cidadão incansável. Mais uma vez eu deixo aqui minha saudação ao trabalho comunitário, a esta figura que está à frente desse movimento, Padre Cláudio Mossi Damé, e o nosso reconhecimento, também, ao Ver. Nereu D’Avila, que, pela proximidade ali, soube muito bem captar melhor do que nós a justa homenagem, a Honra ao Mérito que lhe é prestada nesta tarde de dezembro aqui nesta Casa do Povo de Porto Alegre. Um abraço do fundo do coração, muito obrigado a todas e a todos. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): Obrigado ao Ver. Adeli Sell, pelas suas bondosas referências.

O Ver. Beto Moesch está com a palavra e falará pela Bancada do PPB.

 

O SR. BETO MOESCH: Ex.mo Sr. Presidente dos trabalhos e proponente desta Sessão Solene, Ver. Nereu D’Avila; Srs. Vereadores, Sr.as Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero, de imediato, parabenizar o Ver. Nereu D’Avila pela sensibilidade de propor a esta Casa, que aprovou por unanimidade, a Honra ao Mérito ao Padre Cláudio Mossi Damé. Ninguém melhor para receber a Honra ao Mérito do que um pároco de uma paróquia. Eu sei muito bem disso, eu tenho um irmão que é padre, Padre Eduardo Moesch, e tios por parte de mãe e de pai que são padres. O padre é aquele homem solitário que não tem a família, mas que tem, ao mesmo tempo, uma grande família, que é a comunidade onde ele trabalha. É uma pessoa que se dedica 24 horas, de domingo a domingo, a essa comunidade. Muitas vezes isso é incompreensível para aqueles que não são os fiéis, que não militam, digamos assim, na Igreja Católica ou cristã, que não entendem essa dificuldade, essa grandeza, essa nobreza, ou seja, a importância do pároco numa comunidade. Então, aqui, nós, ao homenagearmos o Padre Cláudio Mossi Damé, estamos também reconhecendo o trabalho do político padre, daquele político que está lá, na sua comunidade, levando a mensagem de Deus, levando a mensagem do Vaticano, através do Princípio da Subsidiariedade, que é a base da doutrina social da Igreja, a mensagem universal do Evangelho de Cristo, de forma local, através das comunidades, ou seja, através da paróquia. É uma mensagem universal, mas levada de forma local. É o Princípio da Subsidiariedade, onde o pároco tem esse fundamental papel, mas que também sozinho não poderia fazer nada e depende, daí, de uma paróquia, dos paroquianos, da sua comunidade, como a da Nossa Senhora Medianeira, uma paróquia tradicional em que, então, leigos e padres colocam em prática a mensagem do Evangelho para os dias atuais. Estamos no século XXI, os desafios aumentam numa humanidade que cresce cada vez mais egoísta, consumista, onde a miséria aumenta, mas os cristãos têm, cada vez mais, o compromisso de levar a mensagem do Evangelho de forma atualizada. E as paróquias são de fundamental importância nesse processo universal.

E o Padre Cláudio Mossi Damé é uma pessoa intelectualizada. Mais do que um pároco, mais do que um padre, é um pregador. Já assisti a palestras suas; é um homem profundamente intelectualizado e ao mesmo tempo sensível, porque muitas vezes o intelectual não tem essa sensibilidade no dia-a-dia. Mas o Padre Cláudio Mossi Damé reúne estes quesitos: o do pároco, o da pessoa sensível de entender a necessidade do leigo, do seu drama diário, e, ao mesmo tempo, o do intelectualizado e que consegue levar, de forma simples, o que ele aprendeu de forma profunda da Filosofia e da Teologia. Estava justamente conversando com ele sobre a importância de o pároco ser aceito na sua comunidade, o que muitas vezes não acontece, porque, muitas vezes, temos párocos, ou padres, que não têm essa sensibilidade. Muitas vezes eles têm o conhecimento, mas não entendem e não têm a sensibilidade daquela comunidade local. Isso é difícil, porque é uma pessoa que veio de fora, não nasceu no meio. E o Padre Cláudio Mossi Damé, então, reúne, volto a dizer, o conhecimento profundo da Filosofia, da Teologia, do Evangelho e, ao mesmo tempo, ele é sensível para com a comunidade onde está inserido, no caso, agora, a Medianeira.

Por isso, Padre Cláudio Mossi Damé, tu estás recebendo este carinho não só da Câmara de Vereadores, mas da comunidade onde tu estás inserido. É isso que é importante, e é isso que nos faz, cada vez mais, continuar neste trabalho de evangelizar, de participar da comunidade onde estamos inseridos. Está aqui o Diácono Roque, que, através das diaconias, faz este trabalho necessário, em parceria com o Poder Público, de atender aos mais necessitados. E os necessitados nem sempre são - no caso do Poder Público, sim - os necessitados de forma material, mas o Pároco tem de atender aos necessitados, materialmente falando, mas, principalmente, os necessitados espiritualmente -, espiritualmente falando. Os pobres, no que se refere à matéria, são uns, mas os pobres de espírito, porém que têm a matéria, são os que têm o poder de decisão, e a eles deve-se levar também o Evangelho. Está aí o grande desafio, principalmente do pároco.

Portanto, Padre Cláudio Mossi Damé, nós, da Câmara de Vereadores, através da proposição do Ver. Nereu D’Avila, queremos parabenizá-lo, mas, principalmente, agradecer ao senhor pelo trabalho que está fazendo na comunidade da Medianeira e em toda a Arquidiocese de Porto Alegre, através da sua extraordinária pregação do Evangelho para os dias atuais.

Parabéns! (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): Procederemos, agora, à entrega do Troféu Honra ao Mérito ao nosso homenageado.

(O Ver. Nereu D’Avila procede à entrega do Troféu.) (Palmas.)

 

Pelas manifestações se vê a alegria dos paroquianos, como se cada um estivesse recebendo pessoalmente o Troféu. É uma satisfação para o senhor, Padre. É emocionante este momento em que toda a comunidade reconhece que o Prêmio foi merecido. Sentimo-nos partícipes desse entusiasmo e dessa alegria.

Neste momento, convidamos o homenageado, Padre Cláudio Mossi Damé, para fazer uso da palavra.

 

O SR. CLÁUDIO MOSSI DAMÉ: Sr. Presidente dos trabalhos proponente e amigo, Ver. Nereu D’Avila, Srs. Vereadores, demais autoridades presentes, de modo especial coloco aqui neste pequeno agradecimento a geração – seis décadas – de pessoas que construíram a comunidade Nossa Senhora Medianeira. Colho hoje essa sensação muito agradável de receber essa distinção, sabê-la nas mãos de tão ilustres agraciados que me antecederam, só fez aumentar o meu orgulho e a ao mesmo tempo a minha inquietação, inquietação essa que me acompanhou por alguns dias. Não é difícil imaginar que a cabeça de uma pessoa que abraçou uma vocação como a minha, possa debater-se com dúvidas, por quê?  Então, a primeira pergunta é: por que eu?

A segunda é se não haverá outra pessoa mais merecedora do que eu. E a terceira é quase uma convicção. Entre os meus pares, padres, há homens, mesmo entre os meus superiores, com mais serviços prestados à comunidade. E então, necessariamente, para encontrar essas respostas, ou mesmo as não-respostas, foi preciso debruçar-me sobre a minha própria vida, desde a saída da minha cidade, da minha família - meus pais aqui se encontram -; sou natural de São Sebastião do Caí; a passagem pelo seminário e chegando aos dias atuais. Foi preciso ser um crítico de mim mesmo, reprisar os meus feitos, reavaliar os meus erros e assim por diante. Foi necessário também andar sobre os meus próprios passos para encontrar aqui e acolá algum feito digno de tal honraria, apesar de toda a justificativa do amigo Ver. Nereu D’Avila;  60 anos da Paróquia, 10 anos do meu sacerdócio, tive que ir um pouco mais a fundo nessa questão e fui, talvez, em busca de grandes feitos, grandes realizações, grandes obras e não as encontrei. Sinceramente, aos meus olhos, não encontrei nesses 10 anos grandes acontecimentos. Porém, eu busquei um pouco desse meu refúgio, dessa minha reflexão. Fui ao encontro da palavra de Deus. Afinal de contas, a palavra de Deus é para nós, nós que temos fé, de fato a palavra de Deus é alimento, e encontrei no Evangelho de São Mateus, capítulo V, versículo 13 a 16, que lembram que nós somos o sal da terra e a luz do mundo, encontrei aquela partezinha onde Jesus diz aos seus discípulos, dos quais eu sou um. (Lê.) “Assim brilhe a Vossa luz diante dos homens, para que vendo as Vossas boas obras, glorifiquem ao Pai que está no Céu”.

Durante alguns dias, até foi feita uma brincadeira na comunidade, que estivessem presentes na Câmara aqueles que achassem que eu merecia o prêmio, mas aí está a resposta, não é?

Dizia, então, que não encontrava grandes feitos, como, de fato, eles não existem, pois a minha vida, por ora, não é feita deles, mas somente movida a lentos, contínuos e imperceptíveis gestos, que procuram tornar menor o caminho que vai da cabeça ao coração daqueles que procuram a Deus.

Então, farei essa concessão a mim mesmo, admitirei que acumulei pequenos gestos nesses dez anos de sacerdócio e que, talvez, algumas pessoas gostem de mim exatamente por causa deles, desses gestos, dessas obras que glorificam o nosso Deus.

E, novamente, faço as reflexões de quem se acha um pouco merecedor e, certamente, até vai parecer um pouco humilde, tamanha demasia, que parecerá não verdadeiro. Todavia, lendo o Papa Paulo VI, relembrei suas palavras dizendo (Lê.) ”A Igreja – e faço aqui menção à Paróquia Medianeira, mas à Igreja no conjunto – é perita em humanidade, ela tem a sabedoria dos 2000 anos”.

E concluí que não consegui fazer muito mais do que isso: tentar ser perito em humanidade. E humanidade, juntada com a sagrada ordem que recebi, há dez anos, só se consegue quando se persegue incansavelmente responder a uma pergunta: “O que Jesus Cristo – a quem eu sigo, amo e procuro servir – faria em meu lugar?” Quem busca essa resposta em seus atos, com certeza escancara humanidade para com o outro, busca tirar irmãos da exclusão - estamos vivendo numa sociedade de muitos excluídos – e, acima de tudo, promove a dignidade da pessoa humana, que o chamado Evangelho, na vocação que recebi, é fundamentalmente um chamado para construir essa cidade dos homens, construindo a partir da dignidade da pessoa humana. E como sacerdote, como padre, haverei sempre de ter o meu julgamento, também o terei como pároco. Sou 13.º pároco da Paróquia Nossa Senhora Medianeira, não sou supersticioso, ao contrário, significa uma grande bênção.

E igualmente estarei sujeito às avaliações como Diretor Espiritual, de alguns movimentos que eu faço parte, do JC, hoje também nomeado para renovação carismática católica. Também já estive em julgamento como filho, amigo, irmão. Mas quero tê-los sempre a qualquer tempo como homem, como cidadão e como filho de Deus. E quero acreditar que essa honraria, especialmente concedida, visualizada pelo amigo, Ver. Nereu D’Avila, é um sinal, um sinal de que como pessoa humana nunca faltou, nem faltará nem ouvidos nem braços para aquele que está excluído. Não faltará, de minha parte, o olhar para aquele que sofre, para aquele que não tem, para aquele não pode porque não tem voz nem vez.

E olhamos de fato para essa sociedade e ela, muitas vezes, é injusta e também ela é hipócrita, impõe um padrão, mesmo a mim sacerdote, padre, impõe um modelo, um modo que muitas vezes não corresponde àquela realidade que Deus deseja para mim, que Deus deseja para a sociedade e deseja para aquele que está sem vez e sem voz. Mas, enfim, a resposta que procuro responder é sempre a mesma: “O que Jesus Cristo faria em meu lugar?” Enquanto eu responder a essa pergunta e fazer da minha vida um mínimo de semelhança ao que para nós Ele idealizou, o que me importam então os questionamentos do mundo, enfim, de outras instâncias?

Não haveria, com certeza, uma Santa Madre Teresa de Calcutá se antes não houvesse uma simples e mirrada Madre Tereza, uma Irmã Tereza.

E por isso, apesar de vivermos dias difíceis, não somente no mundo, mas em nosso País, apesar de toda a esperança que temos, não sendo fácil ir adiante nos nossos compromissos, no modo de vida. Mas tenho a certeza de que nesta Cidade dos Homens há muito o que fazer, nesta cidade de Porto Alegre há muito o que fazer. Aquilo que o Vereador dizia, tenho certeza que não apenas estamos homenageando o Padre pelos 10 anos, mas por aquilo que ele pode fazer muito mais.

E tem aquele pensamento de uma escritora chamada Susan que diz: “Quanto mais eu envelheço, sinto que aumenta o meu poder de ajudar o mundo. Eu sou como uma bola de neve, quanto mais eu rolo, maior eu fico.”

Então, se o mundo está nessa situação que nós nos encontramos, sou chamado – juntamente com os meus irmãos de comunidade – a construir a Cidade de dos Homens, tendo diante dos olhos o referencial, a Pessoa de Jesus Cristo.

Um dia fui consagrado filho de Deus pelo Batismo; meus pais – que estão aqui presentes – me conduziram pelas estradas da vida até que as minhas opções pessoais prevalecessem, até que eu fosse consagrado Padre Diocesano.

Mas já disse e repito: sou o que sou também em função da comunidade que me acolheu e que me ajuda. É ela que me reconsagra sacerdote. Esta comunidade está aqui, uma parcela desta comunidade, o mérito é dela nesses 60 anos e também nos dias de hoje.

Eu sou merecedor desta homenagem – como o Ver. Nereu D’Avila dizia: com certeza todos estão recebendo juntamente com o Padre Cláudio o Troféu Honra ao Mérito.

Eu sou o que sou, sou em função desta comunidade. O que fiz? Pouco... O que ela, minha comunidade fez com o meu auxílio? Muito, muito mesmo. E ela é uma comunidade diferente, é uma comunidade de fé.

Abrigamo-nos todos, como esta Casa, a Casa do Povo, com nossas mais diferentes matizes em torno de um único objetivo: fazer da Cidade dos Homens, do Bairro Medianeira, da Paróquia Medianeira, da cidade de Porto Alegre um mundo melhor, uma cidade melhor, um bairro melhor, uma comunidade melhor. Sem ela, não seria muito o que sou. E não sou muito, apesar deste troféu, que, com humildade, recebo, acolho e divido com todos aqueles que me ajudaram, com a minha família, com meu Arcebispo, que não pôde estar aqui, mas que me prestigiou e estará conosco amanhã na comunidade, na celebração dos 60 anos, com meus colegas, amigos sacerdotes, alguns mais amigos do que padres, mas, principalmente, com essa comunidade Nossa Senhora Medianeira, a quem muito devo e de quem jamais vou esquecer.

Dizia Goethe: “Dá mais força se saber amado do que se saber forte.” Hoje sinto-me muito amado pela minha Cidade, através da expressão desta Câmara, desta Casa do Povo, pelos representantes do povo neste Parlamento, pelos meus pares e por essa comunidade, objeto da minha devoção pessoal e também credora da minha opção.

Agradeço de um modo muito especial e particular ao meu amigo, Ver. Nereu D’Avila, pela dedicação, pelo carinho, pelo acompanhamento nesses 10 anos do meu sacerdócio. O senhor tem marcado presença permanente na nossa comunidade. Às vezes, temos a grande tentação de achar que um político normalmente só tem interesses, e, normalmente, essa é a concepção que muitos de nós temos. Podemos dizer que, na pessoa do Ver. Nereu D’Avila e de sua esposa, a comunidade medianeira sempre foi agraciada com carinho, apoio e amizade, e, com certeza, este troféu.

E, por fim, agradeço a Deus; só Ele poderia conceder-me, por intermédio desta Câmara, tamanho prêmio. E esse prêmio não teria o menor sentido se não fosse para a glória de Deus, aquilo que eu encontrei no Evangelho de São Mateus. Que as vossas boas obras, pequeninas ou não, diante dos homens, possam servir para manifestar a glória de Deus, e que Ele me permita ser sempre sal da terra e luz do mundo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): Quero dizer, quebrando inclusive o protocolo, e meus colegas estão aqui para testemunhar, que ao longo dos anos nós fomos  convivendo com homenagens, convivendo com o trabalho desta Câmara e com a sua performance diária, e hoje há uma simbiose entre os homenageados e os homenageantes. Registro isso dada a vibração vinda das palmas e a vibração com  que o Padre Cláudio recebeu a homenagem e agora com a sua magnífica locução. Sinto-me muito satisfeito por ser o interlocutor da comunidade com o Padre Cláudio e sinto que houve essa recíproca interligação e simbiose. Portanto, é com muito orgulho e prazer que registro esse fato aqui nesta noite na Câmara Municipal, para honra da nossa Casa.

Ouviremos, a seguir, a apresentação do Coral Integração regido pelo Maestro Bernardo Jean Marie Varriale.

 

(Procede-se à apresentação.) (Palmas.)

 

Agradecemos pela magnífica participação do Coral Integração e ao Maestro Bernardo Jean Marie Varriale pela homenagem a todos nós, nossos agradecimentos.

Estamos chegando ao final desta magnífica homenagem ao Padre Cláudio, aos seus 10 anos de Consagração Religiosa e aos 60 anos da nossa querida Igreja e Santa Nossa Senhora da Medianeira que, nesta tarde, homenageamos.

Neste momento, convidamos todos os presentes para ouvirmos o Hino Rio-Grandense.

 

(Ouve-se o Hino Rio-Grandense.)

 

Agradecemos a presença de todos os Senhores e Senhoras nesta nossa Sessão Solene. Nós nos encaminhamos para o final da Sessão e queremos, antes de encerrar, especialmente, homenagear e agradecer a presença dos pais do nosso homenageado, Sr. Arcanjo de Jesus Damé e Sr.ª Luiza Mossi Damé. Eu brincava com o Padre Cláudio que tendo um pai chamado Arcanjo de Jesus, tinha que ter um padre na família.

 

Agradecemos a todos. E, a pedido do Padre Cláudio, queremos convidar a todos os presentes para comparecerem ao Galpão Crioulo, no Parque da Harmonia, onde o Padre estará recebendo os cumprimentos.

Uma boa-noite a todos, muito obrigado pela presença e felicidades a todos. Está encerrada a presente Sessão Solene.

 

(Encerra-se a Sessão às 20h18min.)

 

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